domingo, 16 de dezembro de 2012

RECESSO 2012

Então Lutantes, mais um ano se passou e muitas coisas aconteceram neste grupo!

Foi possível crescer bastante, estudar muito e nos aproximarmos de algumas lutas.

Foi um ano importante!!!

Estaremos em recesso até 18 de fevereiro de 2013 e por isso, sugiro algumas leituras de férias, já que 2013 será um tanto exigente conosco!



FAORO, Raimundo. Os Donos do Poder: Formação do Patronato Político Brasileiro. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Ed. Globo, 2001.

http://pt.scribd.com/doc/7208372/Raymundo-Faoro-Os-Donos-Do-Poder


FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala.

http://ebookbrowse.com/gilberto-freyre-casa-grande-e-senzala-pdf-pdf-d58373311



Um grande e carinhoso abraço!
E boas férias!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

I Curso de Formação Política da RENAJU




Nossa participação no I Curso de Formação Política realizado pela RENAJU foi algo inesperado, ficamos sabendo de sua realização apenas uma semana antes, mas a partir daí os lutantes se reuniram em busca de financiamento para a causa. Frente ao fato de já estarmos em cima da data de realização, não existia chance de buscarmos recursos da UEL, assim tivemos que buscar novas fontes. Com a ida ainda incerta, resolvemos solicitar ao Centro Acadêmico Sete de Março – CASM o referido apoio.

Em primeira reunião com o CASM ao conversarmos com o já integrante do Lutas, Lucas Teixeira, tivemos boas expectativas quanto à ajuda, Lucas ficou de conversar com os demais integrantes do Centro Acadêmico e marcar uma reunião extraordinária para que fosse submetido a aprovação.  Depois de poucos dias vem a notícia, o financiamento foi aprovado, uhullllll.

Com a parte mais difícil ultrapassada decidimos colocar em pauta quais seriam os lutantes que iriam fazer o curso, assim ao discutirmos pelo grupo que temos no facebook, proposições surgiram no sentido de que os lutantes enviados seriam os que estavam mais tempo no grupo, por consequência, que tiveram maior contato com os temas que seriam tratados no encontro. Dessa forma, Deíse e Autieres foram escolhidos.

A Rede Nacional de Assessorias Jurídicas – RENAJU foi fundada em 1996 e conta hoje com 23 grupos espalhados pelas cinco regiões do Brasil. Até então, o único momento em que se reuniam era no ERENAJU, o qual é um encontro que ocorre anualmente para o fortalecimento da rede, troca de experiências, direcionamento das demandas, discussão da organização e formação, ou seja, uma pauta enorme. Nesse sentido, foi idealizado um momento em que se tivesse como objetivo unicamente a formação política dos integrantes, assim nasce o primeiro CFP da RENAJU.

O I CFP ocorreu nos dias 14 a 18 de novembro e contou com as temáticas de educação e universidade, gênero, raça, educação popular, AJUP e capitalismo. A organização tinha a clara intenção de produzir o evento de forma conjunta, consubstanciando a influência freiriana permanente das AJUP’s. Para tanto, foi adotado o método Josué de Castro, o qual é aplicado no assentamento do MST onde nos reunimos.

Chegamos no dia 14 em Porto Alegre, um lugar lindo de um povo hospitaleiro. Na UFRGS fomos recebidos pelos integrantes do SAJU/RS, que logo viabilizaram local para que pudéssemos nos acomodar até que o ônibus saísse para o assentamento. Saímos tarde e chegamos no assentamento por volta das 20h, quando nos deparamos com um local muito bem organizado, totalmente diferente daquilo que a mídia escrota do nosso país demonstra. Assim, o que vimos no assentamento, ao se tratar do MST, foi um local em que seu povo vive consciente de sua individualidade e coletividade, onde o exercício do trabalho se dá com amor e pelo amor à causa.

Durante todo o curso tivemos palestrantes com muita experiência teórica e prática, ligados à praxi freiriana, na qual teoria e prática são indissociáveis no processo de libertação do “ser mais”. As perspectivas tratadas buscavam autores clássicos, por exemplo, Marx e Gramsci ao tratarem de estrutura e super-estrutura. Com os debates em andamento, experiências pessoais dos presentes ressoavam vivências comuns de afronta aos direitos humanos quando se trata de demanda coletiva, saltando aos olhos a superação da abstração à materialidade, característica que marcou todo o encontro.

Muito proveitoso, o I CFP da RENAJU nos permitiu conhecer praticantes do direito vivo de todo o Brasil, engajados na luta, os membros das Assessorias renovaram suas forças ao verem muitos lutantes reunidos, que vivem, como todos, dentro de uma lógica de morte que produz tanta desigualdade e coloca isso como natural. Dessa forma, o sentimento que fica é o de que não estamos sós.

domingo, 9 de dezembro de 2012

DIREITO & CULTURA: A ARTE DISSOLVIDA NA VIDA



Com trabalhos aprovados no III Congresso da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Sociologia do Direito, a Professora Érika Dmitruk, Carol Guimarães e Luara Scalassara participaram em Curitiba, durante os dias 25 a 27 de novembro, de um evento que, conforme o prometido, foi marcado pela informalidade e afetuosidade. Certamente um marco na nossa formação acadêmica, um divisor de águas, que nos mostrou a importância de um direito mais humano e nos levou a conhecer juristas de diversos cantos brasileiros e europeus. 

Os trabalhos apresentados são fruto das atividades e do estudo das obras selecionadas no nosso grupo de ensino/pesquisa e extensão na UEL.

No dia 26 de novembro,Guilherme Duarte, também acadêmico de direito da UEL, se juntou ao grupo. A professora Érika Dmitruk apresentou artigo sobre "O TRABALHO VIVO E A FORMAÇÃO DO ADVOGADO POPULAR MILITANTE EM DIREITOS HUMANOS" e nós encerramos o dia assistindo à peça "Um Olhar Brechtiano", protagonizada pelo grupo Palavração da UFPR. 














Luara Scalassara apresentou o trabalho DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NA UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE USO COMUM”. 
Na foto, Luara ao lado de Fernando Rister S. De Lima, coordenador do GT Estado, Democracia e Poder.










Carol Guimarães apresentou o trabalho “A SOCIOLOGIA E A FORMULAÇÃO DE UM NOVO PARADIGMA NAS PRÁTICAS JURÍDICAS”, de sua autoria e de Luiz Ernesto Guimarães.










Luara, Carol e Raffaelle De Giorgi. Raffaelle DeGiorgi é reconhecido como um dos mais importantes divulgadores e continuadores da Teoria dos Sistemas de Niklas Luhmann, com quem trabalhou e colaborou por mais de 20 anos. Proferiu palestra de abertura do Congresso sobre “Riscos e vínculos com o futuro: reflexões sobre uma ecologia do não saber”.


Marlene Scalassara, Luara Scalassara, Carol Guimarães, Ignácio Ara Pinilla (Universidad de La Laguna/Espanha), Nuria Belloso Martín (Universidad de Burgos/Espanha), Érika Dmitruk e Sócrates Fusinato, após diálogo sobre Direito e Alteridade. Diálogo muito interessante, que poderia ser tema de um evento inteiro, dada a sua complexidade e relevância.


















Durante o Congresso, ocorreram inúmeras manifestações culturais, dentre as quais, destacamos a dessa jovem senhora de 90 anos, poesia personificada em mulher, que prestou uma linda homenagem ao jurista italiano Raffaelle De Giorgi junto ao grupo de MPB da UFPR.



Mais informações sobre a agenda e as apresentações culturais do evento podem ser encontradas em http://www.ppgd.ufpr.br/direitoecultura/.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Domingo na Praça do Jardim Igapó

Domingo na praça - Preparativos e o Dia D

Foi em uma reunião preparatória de atividades de início de semestre que a professora Érika passou uma tarefa muito simples, a princípio: coordenar o "caso da praça", para mim e Autieres. Pensamos que estava tudo tranquilo. Pois bem, pensamos errado. Não é à tôa que esse caso está conosco desde o início das atividades do Lutas. A propósito, tem sido o único caso que atuamos desde então. Foi aí que começamos a pensar que a tarefa não seria tão simples assim...
Pois bem, o caso consiste em uma praça na qual foram feitas reformas sem a consulta popular. Ocorre que essas reformas visavam ampliar a área de lazer já existente para os idosos do bairro - uma cancha de malha. Com a ampliação, mais uma foi construída, bem como mesinhas e uma quadra de areia. Com essa reforma, o conhecido espaço nobre da praça - antes destinado às crianças e suas mães por ser um local sombreado e longe da rua - foi comprometido. Por trás disso, descobrimos que havia maiores problemas: a ascenção da classe média no bairro e a expansão imobiliária, fatores esses que buscavam tomar o espaço como um todo a fim de retirar a população pobre, tradicional do bairro do local que lhes pertenciam outrora.
Para a realização da reforma, além da violação do direito das crianças e das mulheres, e da não realização de consultas populares, houve várias irregularidades quanto à reforma em si. Por outro lado, a reforma foi feita por uma imobiliária de um dos moradores do bairro em parceria com a prefeitura municipal.
Junto a todo esse cenário, em dois dias a escola que fica em frente a praça, com a ajuda de uma antiga moradora do local e mãe de uma aluna da escola, tentou fazer atividades na praça. Ocorre que um dos moradores, ao ver essa movimentação em plena reforma chamou a guarda municipal juntamente com a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanismo, a fim de acabar com a atividade. E foi justamente isso que ocorreu. Agentes municipais tiraram os materias da escola e da mãe da aluna e não permitiram a continuidade da atividade da praça. Isso certamente causou um grande temor em alunos e professores, o que os impediram de voltar novamente àquele local.
Enquanto tudo isso acontecia, essa moradora, mãe de uma das alunas da escola, tentava receber informações sobre a reforma e não conseguia. Foi aí que essa pessoa nos procurou para que tentássemos ajudá-la. As informações conseguimos, mas, o primordial, que seria o debate da cumunidade e questionamento das reformas não.
Essa mulher conseguiu que o Ministério Público do Paraná iniciasse um procedimento para apurar o caso. Após algumas reuniões com a participação dela, de alguns moradores novos favoráveis à mudança, alguns representantes da prefeitura municipal, e nós, alunos do projeto Lutas da UEL, foi deliberado que os órgãos da prefeitura deveriam fazer uma consulta a fim de saber se a população concordava com as alterações. A pesquisa foi feita e a população, em sua maioria, disse concordar. O Ministério Público entendeu por finalizado seu trabalho, mas nós não. Vimos que, além de uma falta de conhecimento da população acerca das violações de direitos, ela poderia não estar usando mais o bem público em questão - o que, a longuíssimo prazo, poderia gerar um problema maior: a desafetação de um bem público, por falta de uso para aquela determinada finalidade.
Dessa forma, pensamos em, primordialmente, fazer uma atividade na qual as pessoas pudessem voltar à praça. Então, começamos a discutir qual seria a melhor forma de fazer isso. Tivemos muita dificuldade. O nosso projeto, até então, só tinha realizado tarefas teóricas - discussão de textos e debates e, por essa razão, acredito que estávamos muito teóricos, principalmente eu e Autieres. Ao invés de planejarmos ações e já marcarmos uma data, resolvemos discutir um livro importantíssimo para nossa formação e sem o qual tínhamos receio de que as pessoas fizessem ações impositivas: A Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire. As discussões não contaram com muitas pessoas, portanto, talvez pode-se dizer que foram ineficientes. Infelizmente.
No entanto, tivemos que lidar com muitos casos nos quais, sem a leitura paulofreireana, não saberíamos como resolver. O primeiro impasse foi a data da atividade. Havíamos escolhido uma perfeita para nós: longe de provas, feriados e tudo mais. Ocorre que, naquela data a comunidade não poderia, ficaria muito corrido para eles. Então, propusemos uma data na qual parecia tudo estar certo: dia 28/10.
No entanto, após as turbulentas eleições de Londrina, percebemos que a data escolhida era justamente o segundo turno para prefeito! Dessa forma, para a escolha da nova data adotamos uma nova estratégia: participar da festa do dia das crianças na praça, realizada pela própria comunidade, para que eles nos dessem a sugestão do dia bem como sugerissem atividades para fazer no dia.
Além disso, conseguimos definir que a atividade consistira em uma grande gincana voltada a família toda, juntamente com atividades paralelas, como ginástica para a terceira idade, pintura no rosto, feira de artesanato do grupo de artesãs da igreja, lanche coletivo ao final do evento e outras coisas que poderíamos conseguir na própria festa do dia das crianças.
Na festa, além de escolhermos a data para o dia 04/11, por sugestão da comunidade, conseguimos outras atividades para o dia do nosso evento, como cama-elástica gratuita e contação de histórias para crianças pequenas, pois naquele dia aconteceu isso e a contadora se comprometeu a nos ajudar na realização do evento.
Com a data definida, começamos com os preparativos em si. Definimos todas as atividades a serem feitas e seus responsáveis, com a ajuda da professora, que nos alertou à demora e dificuldade de colocar as coisas em prática.
Ao ir atrás da cama-elástica para o dia do evento a pessoa que iria nos emprestar já havia alugado para uma festa e disse para nós que, se quiséssemos, pagaríamos para uma outra amiga dela. A resposta, obviamente foi negativa pois nunca contamos com dinheiro em caixa.
Após isso, marcamos uma reunião com a comunidade, na qual cada pessoa nos ajudaria com as atividades. Além disso, no mesmo dia, marcamos uma reunião com as senhoras do grupo de artesanato do bairro, para definimos as questões da feira de artesanatos. Essas reuniões foram feitas na segunda-feira anterior ao evento do domingo. Ocorre que a reunião foi feita muito em cima da hora e as senhoras não teriam nada pronto para apresentar no dia. Foi então que sugeriram a data do dia 20/11 - feriado da consciência negra - para realizar as atividades. Assim, ficamos de pensar como seria e, posteriormente, darmos a resposta.
Ao chegar na reunião com os moradores tivemos uma grande decepção: só estavam presentes duas moradoras - aquela que sempre entrou em contato conosco e uma amiga. Devido a esse fato, elas também mostraram interesse em mudar o evento para o dia 20. No entanto, esse dia seria uma data inviável para nós: final de semestre! Assim, falamos a elas que não podíamos mudar a data mais uma vez e que ajudaríamos no que fosse preciso. Nessa reunião, cheia de estudantes e com poucos moradores, mostramos a elas nossas necessidades e a moradora com a qual temos contato se comprometeu com muitas coisas e nos indicou pessoas para falarmos sobre cada item que precisávamos.
Como definimos que o evento seria no dia 04/11 mesmo, ligamos para a líder do artesanato e lhes informamos que poderíamos ajudá-las dia 20, porém somente com a feira, sem qualquer outra atividade.
Dessa forma, durante aquela semana, nos encarregamos de buscar ajuda junto aos moradores e fazer a divulgação. O legal é que foi durante a divulgação que conseguimos algumas coisas faltantes. O som que não tínhamos conseguimos com um morador da vizinhança, a rede para o jogo de vôlei que havíamos planejado conseguimos com a escola estadual da região e a corda para o cabo-de-guerra conseguimos com um idoso jogador de malha. Aliás, com os jogadores de malha tentamos a todo tempo interagir, de forma que eles se sentissem parte da praça como um todo e pudessem convier tranquilamente com os demais. Com os idosos da malha conseguimos também alguns pasteis para o lanche comunitário.
Outro problema tivemos bem no dia anterior ao evento: a contatora de histórias disse que não poderia ir, pois havia assumido outro compromisso. Dessa forma, contávamos com uma atividade a menos.
Com tudo pronto, fomos ao grande dia! Marcamos de nos encontrar 10h na casa da moradora que sempre está em contato conosco para fazermos todos os preparativos durante a manhã e almoçarmos juntos.
De início, só havia chegado Autieres, Felipe, Luara e eu. Mesmo com o número reduzido, começamos a preparar as atividades e já "fazer barulho" na praça, para que as pessoas ficassem curiosas e vissem que lá estava acontecendo algo. Posteriormente, foram chegando as outras pessoas como Carol e Luiz Ernesto que também ajudaram nos preparativos e almoçaram conosco. Um dos trabalhos preparativos foi bem braçal e todos ajudaram: varrer a quadra de areia, para proporcionar um espaço às crianças. Até dois senhores da malha nos ajudaram!
Após isso, Guilherme e Luizão chegaram para preparar o som. O bom foi que eles já haviam almoçado e puderam cuidar disso enquanto o restante se alimentava. Lara, Erika e Cleo chegaram também e ajudaram, enquanto o almoço acontecia.
Vale lembrar que duas pessoas que se comprometeram em ajudar avisaram previamente que não iriam. Além disso, no dia, mais duas não compareceram. Isso nos deixou um pouco inseguros, mas, continuamos assim.
Foi nessas dificuldades que um talento novo surgiu: Luara! Como algumas atividades estavam sem a pessoa responsável, Luara, que deveria fazer somente a atividade de início e integração ficou com todo o restante, em questão de animação e contar pontos!
Interessante notar também que a gincana, antes voltada para a família toda, contou com a participação efetiva somente das crianças e a inclusão dos adultos em algumas atividades.
No dia, já percebi uma coisa: foi até bom as atividades como cama-elástica, feira de artesanatos e contação de histórias não darem certo, pois a praça já estava bem cheia com tudo o que havíamos preparado e não havia sequer uma criança parada!
Conforme as provas iam correndo, percebemos que os adultos ficaram cansados. Portanto, para animar, tive uma ideia brilhante: fazer entrevistas com eles pelo microfone. Ocorre que essa ideia não foi tão brilhante assim. Para começar, muitos adultos não queriam falar. Os que falaram, se vangloriaram e atribuíram a festa para si, o que nos deixou chateados, bem como a moradora que tanto nos ajudou.
Percebendo isso, parei de fazer entrevistas e fomos verificar se a ginástica para idosos iria começar, pois os alunos de educação física que fariam isso estavam aplicando uma prova para as crianças da gincana: o vôlei. A questão do vôlei também foi decidida em cima da hora, já que o responsável por ela era uma das pessoas que avisou que não iria mais participar.
Após isso, a ginástica foi feita e, juntamente com ela a atividade da pintura. Felipe, reponsável pela pintura, teve uma ideia muito boa: deixou os materiais que comprou para isso à disposição o tempo todo, o que distraiu bastante as crianças mais novas. Além desses materiais, conseguiu brinquedos que distraíram bem as crianças.
Após a pintura, a atividade estava chegando ao final. Uma das atividades pela qual fiquei responsável foi um fiasco total. As crianças já estavam cansadas e deu até briga. Portanto, decidimos ir direto para o lanche coletivo porque as pessoas não aguentaríam mais.
Outro fator que não tínhamos pensado também foi improvisado pela professora Erika e pela moradora: o prêmio da gincana. Elas fizeram uma vaquinha e pediram dinheiro para os adultos presentes para comprar vários picolés na sorveteria próxima e, assim foi feito.
Chegamos portanto ao final. Pensamos que seria um pouco mais organizado, mas não foi. Poucas pessoas levarm comida, conforme pedido. A maioria que tinha levado fazia parte do projeto. A pesar de o pessoal da malha pedir pastéis, foram poucos e acabaram rapidinho. O que salvou foram os picolés - que de prêmio da gincana não tinha nada. Quem mais "atacou" foram os adultos, que, se a professora Erika não visse, pegariam mais de três por vez.
Após o lanche, começamos a limpara a praça, mas a moradora que semrpe nos ajuda disse para deixarmos isso por conta da comunidade, que deveria aprender a cuidar do que é seu, e, assim foi feito.
Com esse evento aprendemos muito e esperamos que a gente esteja preparado para os próximos e a próxima atividade com esse bairro: um curso de formação para montar uma associação de moradores de bairro!


 Lara mostrando seus talentos na Pintura de Rosto!

Equipe Branca, contanto com a ajuda de Guilherme e Autieres! 

 Equipe Verde, ajudada por Caroliny e Felipe!

 A corrida do saco foi bem engraçada e as crianças adoraram!

 Peões sofisticados fazendo a alegria das crianças!

 Ginástica para deixar a mulherada animada!

Tarefa da pintura!


--
Deíse Maito

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

CONFRATERNIZAÇÃO DO LUTAS

                                                 


HOJE   - 30/11/2012

SEXTA-FEIRA

ÀS 19H00, 

NO GELOBEL Don Pablo - Rua Caracas 80, Londrina

Beberemos uma iguaria que a Deíse e o Autieres ganharam de um lutante de Belém-PA no curso em Porto Alegre e distribuiremos um material que Luara e a Érika pegaram com o pessoal da AJUP da UFPR. 


Além disso, comeremos do bom e do melhor. =)) Queremos ver todos vocês lá!!!!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

JUSPOEMINHA DA REMUNERAÇÃO

Sinto-me no dever de compartilhar o sensacional poema escrito pelo professor Cláudio Ladeira, por ocasião das reivindicações de aumento dos vencimentos da magistratura, em homenagem à aposentadoria do ministro poeta Ayres Britto, do STF.



JUSPOEMINHA DA REMUNERAÇÃO.


Escutas o trovão em meu bucho?
E acreditas que vivo em meio ao luxo?
Minha barriga é vazia, por isso a lamentação:
Setecentos reais é pouco, como auxílio-alimentação!

A magistratura hoje sofre com a desconsideração
D’uma sociedade que, burra, não demonstra compaixão!
Cento e dez mil euros anuais é esmola, seu bobalhão.
E eu ainda nem mencionei o auxílio-habitação!

Ora, fiz concurso para ter a vida que eu sempre quis,
Mas com esse miserê, como viverei em Miami ou Paris?!
Com “auxílios”, “diárias” e “benefícios” até se junta mais uns trocados,
Mas nada que alivie nossos fardos.
Entenda de uma vez, ó povinho bagaceiro,
Que sem o aumento venderemos chiclete em sinaleiro!

Quanto à nossa labuta, para pintar tal sofrimento faltaria tinta
Pois NUNCA desfrutamos do regime de “terça, quarta e quinta”.
É verdade que trabalhamos em palacetes com ar-condicionado,
Mas superiores que somos, o único local adequado...
seria o Olimpo Iluminado!

E isso que, ao redor de nossos prédios, faltam o fosso com crocodilo,
As torres, as muralhas e o estilo
De um verdadeiro palácio preparado
Para sediar um grão-ducado.

Sejamos, pois, agentes da transformação social:
Tornando a jurisdição constitucional
Uma verdadeira geleia geral
Em meio à maior crise econômica mundial
E por meio de liminar judicial
Arranquemos do STF mais um aumento real
Dos nossos vencimentos corrigidos pela inflação inercial.










Por Cláudio Ladeira, professor adjunto da UNB

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

III Congresso da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Sociologia do Direito

Pessoal, parabéns para Odival Quaresma NetoLuara Scalassara e Luiz Ernesto - 4 trabalhos aprovados no III Congresso da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Sociologia do Direito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

TÍTULO: DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NA UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS PÚBLICOS DE USO COMUM. AUTOR: Erika Juliana Dmitruk. CO-AUTOR: Luara Soares Scalassara.

TÍTULO: INVISIBILIDADE DOS CONFLITOS RURAIS EM ÁREAS QUILOMBOLAS NO ESTADO DO MARANHÃO: ACAMPAMENTO NEGRO FLAVIANO - MOVIMENTO DE JUNHO-AGOSTO DE 2011. AUTOR: Erika Juliana Dmitruk. CO-AUTOR: Antonio Rafael da Silva Junior. CO-AUTOR: Odival Quaresma Neto.

TÍTULO: O TRABALHO VIVO E A FORMAÇÃO DO ADVOGADO POPULAR MILITANTE EM DIREITOS HUMANOS. AUTOR: Erika Juliana Dmitruk.

TÍTULO: A SOCIOLOGIA E A FORMULAÇÃO DE UM NOVO PARADIGMA NAS PRÁTICAS JURÍDICAS. AUTOR: Luiz Ernesto Guimarães.

APOIO À LUTA DO POVO GUARANI-kAIOWÁ NA UEL

mais informações sobre os Guarani-Kaiowá


APOIO À LUTA DO POVO GUARANI-kAIOWÁ NA UEL

Considerando as atrocidades cometidas pelos fazendeiros e Governo do Estado do Mato Grosso do Sul para com o povo Guarani-Kaiowá, estamos organizando um ATO de apoio aos povos indígenas daquele estado com o objetivo de dar visibilidade à difícil realidade em que se encontram, bem como para firmar nosso compromisso para com eles.
Nos reuniremos para organ
izar esse ato manifesto amanhã, dia 01/11, a partir das 17h, na Sala de Projetos do Depto. de Artes Visuais (3o andar) do CECA.

Previmos realizar essa manifestação no próximo dia 07/11, na UEL.

Pedimos que divulguem essa reunião para todos/as que tiverem interesse em participar.

Contamos com a participação de todas e todos quem vem acompanhando essa situação e que desejam contribuir para transformar essa realidade junto com os Guarani-Kaiowá.

REUNIÃO PREPARATÓRIA QUINTA, DIA 01/11 SALA DE PROJETOS DO DEPARTAMENTO DE ARTE VISUAL (PERTO DO PRÉDIO DA MÚSICA). TODOS ESTÃO CONVIDADOS!!

domingo, 28 de outubro de 2012

EDITAL DE SELEÇÃO – JUSTIÇA GLOBAL


Justiça Global seleciona dois pesquisadores(as) para início imediato no Rio de Janeiro

EDITAL DE SELEÇÃO – JUSTIÇA GLOBAL
PROCESSO SELETIVO – PESQUISADOR (A) NA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS
E/OU CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
dia-do-trabalho-tarcilaPosição: Pesquisador (a) na área de ciências humanas e/ou ciências sociais aplicadas
Número de Vagas: 2 (duas)
Local: Rio de Janeiro, Capital
Prazo final para envio de CV: 04 de novembro
Início das atividades: Imediato
Carga horária: 40 horas/semana
1. Apresentação Institucional
Justiça Global é uma organização não governamental de direitos humanos que, desde 1999, trabalha com a proteção e promoção dos direitos humanos e o fortalecimento da sociedade civil e da democracia. Nesse sentido, nossas ações visam denunciar as violações de direitos humanos, incidir nos processos de formulação de políticas públicas baseadas nos direitos fundamentais, impulsionar o fortalecimento das instituições democráticas, e exigir a garantia de direitos para os excluídos e vítimas de violações de Direitos Humanos.
Justiça Global desenvolve trabalho nas seguintes áreas: I) Defensores de Direitos Humanos; II) Violência Institucional e Segurança Pública; III) Acesso à Justiça; IV) Direitos Econômicos Culturais e Sociais (DESC)
A presente seleção visa à contratação de dois profissionais da área de ciências humanas e sociais aplicadas que tenham experiência e perfil para o trabalho sobre os temas prioritários de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Principais Temas: Direito à Terra e ao Território, Comunidades Quilombolas, Pescadores, Trabalhadores Rurais, Atingidos por Barragens, Comunidades Indígenas, Políticas de Titulação de Terras e de Reforma Agrária, Violações cometidas por Empresas, Impactos Sociais e Ambientais de Grandes Empreendimentos.
2. Resumo das Funções do Pesquisador (a) na área de ciências humanas e/ou ciências sociais aplicadas
• Documentação de violações de Direitos Humanos;
• Elaboração de pesquisas e relatórios;
• Análise de dados;
• Redação de documentos;
• Articular trabalho em rede;
• Encaminhamento de denúncias aos mecanismos nacionais e internacionais de proteção dos direitos humanos;
• Realização de trabalho de campo (missões in loco);
• Interlocução com autoridades e com poder público;
• Interlocução com movimentos sociais, populares e organizações não governamentais;
• Acompanhamento de políticas públicas na área de Direitos Humanos.
3. Requisitos para a Função
• Experiência profissional na área;
• Morar no Rio de Janeiro;
• Disponibilidade para viagem nacional e internacional;
• Interesse na área de promoção e proteção dos direitos humanos;
• Interesse em trabalhar com movimentos sociais e organizações não governamentais;
• Capacidade para trabalhar em equipe;
• Fluência escrita e oral na língua portuguesa;
• Preferencial o domínio de outro idioma (inglês, espanhol);
• Capacidade para organizar e ministrar oficinas de formação;
• Capacidade para organizar seminários e reuniões nacionais e internacionais;
• Disponibilidade imediata;
• Disponibilidade em executar tarefas mais amplas do que as descritas acima quando necessário.
4. Inscrições
As candidaturas devem ser encaminhadas até o dia 04 de novembro de 2012, através do E-MAIL: contato@global.org.br, ASSUNTO: “Processo Seleção Pesquisador”, a documentação a seguir especificada:
a) currículo
b) carta de apresentação de uma a duas laudas, demonstrando sua condição para assumir a posição
c) apresentação de duas referências para serem contatadas pela equipe de seleção, caso necessário
5. Seleção
• 05 a 09 de novembro: Análise de Currículo/ Carta de Apresentação
• 13 e 14 de novembro: Entrevista
6. Resultado final
• 21 de Novembro de 2012
7. Remuneração
• Compatível com a função

terça-feira, 23 de outubro de 2012

SEMANA DO LIVRO - EDUEL


Livraria EDUEL faz promoção na Semana do Livro e da Biblioteca


Em comemoração a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, a Livraria EDUEL realiza, entre os dias 22 a 26 de outubro, uma promoção de todos oslivros do estoque.

Os descontos variam de 20% a 50% e são válidos para livros da EDUEL e deoutras editoras universitárias e comerciais.

Mais informações sobre a promoção podem ser obtidas pelo telefone (43)3371-4691 ou pelo e-mail livraria-uel@uel.br.

A Livraria EDUEL fica próxima à Biblioteca Central da UEL. 

O dia Nacional do Livro é comemorado no dia 29 de outubro, por que foinesse dia, em 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida parao Brasil, quando então foi fundada a Biblioteca Nacional. O Brasil passoua editar livros a partir de 1808 quando D.João VI fundou a Imprensa Régiae o primeiro livro editado foi "MARÍLIA DE DIRCEU", de Tomás AntônioGonzaga.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

EDITAL DE SELEÇÃO


EDITAL DE SELEÇÃO
Projeto nº 1680 - LUTAS: FORMAÇÃO E ASSESSORIA EM DIREITOS HUMANOS.

A SELEÇÃO CONTARÁ COM 3 ETAPAS

1 – RESPOSTA A UM QUESTIONÁRIO DE AUTOAVALIAÇÃO o qual deverá ser solicitado e entregue por email (ejdmitruk@hotmail.com) até 22/10/2012.
O assunto do email deve ser - SELEÇÃO PARA O PROJETO LUTAS: FORMAÇÃO E ASSESSORIA EM DIREITOS HUMANOS.

2 – PARTICIPAÇÃO NAS REUNIÕES DO GRUPO. (as quais acontecem todas as segundas feiras na sala 429 CESA-UEL às 18hs)

3 – ENTREVISTAS. Que serão marcadas no mês de novembro.
(os interessados devem solicitar o arquivo do questionário por email)


Prof. Msc. Erika Juliana Dmitruk

Notas para uma teoria marxista dos Direitos Humanos

Gostaria de discutir com vocês esse vídeo!

Manuel Dias Duarte - Notas para uma teoria marxista dos direitos humanos

Reunião 22/10/2012

Na reunião de hoje discutiremos duas ações concretas que estão em vias de serem realizadas. Também conversaremos sobre as inscrições para a seleção do Lutas 2013.

Estão todos convidados.

Sala 429 - CESA UEL

18h00s

Esperamos vocês lá!

domingo, 21 de outubro de 2012

5ª Mostra Luta - 17 a 21 de outubro

Divulgando:


Apresentação

No Brasil, os meios de comunicação estão concentrados nas mãos de uma ínfima minoria que define todo o conteúdo que será transmitido para a enorme maioria da população. Com um gigantesco poder de manipulação, esta minoria garante a lucratividade e a manutenção da exploração e da opressão dos trabalhadores e trabalhadoras, fortalecendo o sistema capitalista. Os donos da mídia reinam intocados no topo de seus canais de TV, emissoras de rádio, editoras de revistas e jornais, que não sofrem quase nenhuma fiscalização do conteúdo que transmitem. Esses meios constantemente incentivam a estrutura de exploração das classes populares, a opressão de diversos grupos sociais como mulheres, negros e homossexuais, bem como tratam como criminosos os movimentos sociais organizados que buscam romper com este perverso sistema de exploração e opressão através das lutas por direitos sociais.

O Coletivo de Comunicadores Populares surge da vontade de criar canais de comunicação popular entre os movimentos sociais, os oprimidos e os explorados; surge da necessidade de lutar contra a criminalização dos movimentos sociais realizada pela grande mídia; surge do desejo de falar, de ter voz, de quebrar o enorme silêncio que nos é imposto.

A Mostra Luta, organizada por esse Coletivo é um desses canais de comunicação popular. É um espaço para expressão de todas e todos que não tem acesso aos meios de difusão de suas lutas, idéias e ideais e que buscam resistir, criticar ou mesmo romper com esse sistema de exploração e opressão.

A mostra permite que através da exposição de fotos e vídeos e realização de debates e oficinas sejam difundidas, debatidas e fortalecidas as lutas contra a exploração, a miséria, a concentração de renda e terra, o machismo, o racismo, a homofobia, ou qualquer outra forma de opressão, o monopólio dos meios de comunicação, a mercantilização da cultura e da arte, a progressiva perda de direitos que sofre a maioria da população e a criminalização dos que buscam lutar por esses direitos.

Venha mostrar sua luta!

http://mostraluta.org/

Curadoria:Coletivo de Comunicadores Populares


http://mostraluta.org/

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

DIA DAS CRIANÇAS na praça do bairro Jardim Igapó

Participamos, no último feriado, da festa de comemoração do DIA DAS CRIANÇAS organizada pelos próprios moradores, na praça do bairro Jardim Igapó. A festa estava muito divertida, com muitas crianças correndo e pulando, muitos docinhos e salgados, e muita histórias contatas pela Tati. Aproveitamos a oportunidade para conversar com os moradores e planejarmos o evento de integração da comunidade no dia 04/11, dia da consciência negra. Listamos algumas ideias dos próprios moradores:

PROPOSTAS DADAS POR ADULTOS E IDOSOS:

- Cama elástica (precisaremos de um monitor que oriente as crianças);
- Oficina de artes (malabares);

- Exposição de artesanatos (entrar em contato com os artesãos da igreja). Será realizada de manhã, para que as pessoas ao saírem da missa tenham acesso à exposição;
- Fazer pipas (ideia do Ramón);
- Vôlei com adultos;
- Bola queimada com adultos;
- Corrida;
- Pular corda;
- Ginástica;
- Cabo de aço;

ATIVIDADES PROPOSTAS PELAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES:


- Bola queimada (Tereza tem bola);

- Corrida do saco (temos que arrumar sacos);
- Corrida do ovo (conseguiremos colher e ovos com os moradores);

- Futebol;
- Corrida com bicicleta;
- Pinturas no corpo e no papel;
- Betes



PESSOAS QUE SE DISPONIBILIZARAM A NOS AJUDAR:


- Tati (discente de Letras e contadora de história)
- José de Almeida – “Seu Zé” (jogador de malha);
- “Azedo” (administrador do jogo de malha);
- “Xuxa doidona” (tem ótima relação com crianças e idosos);
- Kátia (discente de artes);
- Ramón (artesão);
- Margarida (dona da cama elástica);